Polícia entra no 3° dia de buscas por 27 fugitivos de presídio no Rio

Unknown | 10:46 | 0 comentários


PM também procura os foragidos em favelas da Zona Oeste e Subúrbio.
Governo apura se inspetores facilitaram fuga, que ocorreu por rede de esgoto.

A polícia continua nesta terça-feira (5) a busca pelos presos que fugiram de uma das unidades do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, no domingo (3). Ao todo, 31 detentos fugiram através da rede de esgoto, mas quatro foram recapturados, conforme mostrou o Bom dia Rio. 
Cerca de 25 policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) fazem operação no morro Jorge Turco, em Coelho Neto, para tentar capturar o foragido Luiz Claudio Machado, conhecido como "Marreta". Antes de ser preso, o criminoso era acusado de ser o chefe do tráfico dessa comunidade no Subúrbio do Rio e, por isso, os agentes desconfiam que ele tenha fugido para lá. Um veículo blindado dá apoio à ação.
Agentes do 14º BPM (Bangu) também procuram os criminosos nas favelas da Metral e Vila Kennedy, ambas na Zona Oeste.  A Seap pede que denúncias com o paradeiro dos foragidos sejam repassadas através do telefone 2253-1177. O anonimato é garantido.
Homens sujos de esgoto
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não descarta a participação de agentes para facilitar a fuga dos presos do Instituto Penal Vicente Piragibe. Na tarde desta segunda-feira (4), o secretário Cesar Rubens Carvalho disse que a Seap tomou conhecimento da fuga por volta das 16h de domingo (3), quando um inspetor penitenciário avistou homens sujos de esgoto na Avenida Brasil, próximo à favela do Catiri, em Bangu.

Ainda segundo Cesar Rubens, alguns presos ouvidos pela corregedoria da Seap relataram que a fuga dos presos teria iniciado às 9h.
Quatro presos foram recapturados dentro da rede de esgoto, usada para fugir da penitenciária. Outros 27 conseguiram escapar. A polícia procura os fugitivos em favelas próximas ao presídio e em comunidades dominadas pelas facções criminosas, as quais pertenciam antes de serem presos.
"Essa fuga ocorreu logicamente por uma falha nossa, falha na nossa segurança. É inevitável, não tem como não entender que houve essa falha. Estamos tentando entender se foi uma falha sem intenção, ou sem nenhum tipo de conivência dos inspetores, ou se foi uma falha de observação", disse Cesar Rubens Monteiro de Carvalho.
Os presos cumpriam pena em regime semiaberto, mas não tinham o direito de dormir fora ou sair da penitenciária. Para usufruir do benefício, a Secretaria explicou que o detento deve apresentar uma carta de trabalho.
Fuga por rede de esgoto
Os presos construíram um túnel para ter acesso à rede de esgoto, que desemboca em um terreno baldio, próximo à Avenida Brasil. O túnel teve início em um buraco no pátio destinado à visita dos filhos dos internos.

“Eles [os presos] podem ter feito o túnel durante a visita. Queremos saber se foi com algum tipo de argumento de se fazer uma manutenção, ou uma faxina no local. A gente quer saber como eles conseguiram ficar nesse local com uma permanência maior. Queremos saber se à noite eles ficaram nesse local, o que não é permitido", explicou o secretário.
Cesar Rubens Monteiro explica que a fuga ocorreu durante o horário de visitação. Havia 30 inspetores trabalhando no dia, sendo 18 no horário que teria ocorrido a saída dos presos. No local, 2.600 internos cumprem pena. Cesar admitiu que esse número não é satisfatório e afirmou que o policiamento continuará reforçado na região.
A partir de quarta-feira (6), 325 novos inspetores começarão a trabalhar no Complexo Penitenciário de Bangu.

"Essa fuga ocorreu logicamente por uma falha nossa, falha na nossa segurança. É inevitável, não tem como não entender que houve essa falha. Estamos tentando entender se foi uma falha sem intenção, ou sem nenhum tipo de conivência dos inspetores, ou se foi uma falha de observação", disse coronel Cesar Rubem Monteiro de Carvalho.

Condenado por morte de Tim Lopes
Além da fuga de Claudino dos Santos Coelho, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, as autoridades revelaram que Robertinho do Jacaré está entre os fugitivos. Em outubro de 2009, ele e outros nove detentos foram transferidos para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Na ocasião, ele foi apontado como um dos envolvidos nos ataques ocorridos em vários bairros do Rio.

De acordo com o secretário Cesar Rubens Monteiro, havia um cordão dentro do túnel, que funcionava como uma espécie de guia, para que ninguém se perdesse durante o trajeto. Monteiro acredita que o percurso já havia sido feito anteriormente por outra pessoa. 
Em 2002, 105 internos fugiram de uma das unidades do Complexo de Gericinó, também por um túnel.
Fonte: G1

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